domingo, 17 de junho de 2012


1Lugar: POEMA:
(EMPATE)


Lígia Antunes Leivas
Pelotas/RS

MISTÉRIOS

Breve a voz
e tantos são os caminhos.
Despedir-se é abismo
entre os que se querem... e o dia se prolonga
ao desconhecer-se em si mesmo.
Dissipa-se o pensamento.
O ar respira misturas tantas
e a chama repousa santa.
A canção escolhida vai longe
e o amor não acenderá mais
seus fogos jubilosos.

Se a vida tanta dor nos causa,
a morte nos causa horror
mas já não há mais sofrimento.

A hora sentencia a verdade.
Nada mais se pode ser...
Toda partida é tempo de mistérios.
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Maria do Carmo de Lima Bomfim
Rio de Janeiro/RJ

ANGÚSTIA

Que dor é esta,
que me torna prisioneira
de mim mesma?
Que dor é esta,
que me faz andar a esmo?
Paredes me encarceram,
correntes me impedem de amar.
Como fazer poesia,
se vivo refém
de mágoas passadas,
fantasmas aterradores
que escurecem os dias,
atormentando as tardes?
Só, à noite,
espero por este momento
para dizer o que sinto
e me libertar deste labirinto.

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